quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

PENSAR...

Porque penso, e «Pensar incomoda tanto como andar à chuva». Pensar dói mais do que as dores de uma mãe que acaba de ter a sua criança. Pensar dói ainda mais do que a dor de viver descontente atrás de um sonho inalcansável.

Pensar apenas dói, mas será um «apenas» a palavra indicada para demonstrar o quanto dói? A dor de pensar é muito mais forte do que alguma vez serei, é muito mais persistente que eu. A dor aparece quando menos esperamos. Mas a dor é boa porque precisamos dela para reagir às coisas da vida senão éramos irracionais.
Apenas pensamos, apenas existimos, apenas sofremos, apenas nos magoamos...
 
MAS APENAS O QUÊ?!
 
Pensar dói, mas existir dói muito mais. «Pensar é estar doente dos olhos», dos ouvidos, da boca. É como uma epidemia que nos vai destruindo desde o dia em que nascemos até ao dia que partimos para outro mundo.
Pensamos nas coisas que devíamos ter feito, dito, realizado, sonhado, concluído... Mas porque é que pensamos nas coisas passadas?
Talvez porque sabemos que podíamos ter sido melhores, que podíamos ter feito melhor do que fizemos, ou simplesmente porque estamos doentes...