sábado, 5 de agosto de 2017

Noite...

Habituado a dormir te sentindo nunca pensei ser tão duro ter uma noite longe de ti, voltar ao que já acontecia antes de começarmos a ficar juntos.

É realmente difícil deixar de adormecer aconchegado no teu calor, acordar a meio de noite sem te ver a dormir com essa carinha linda, depois de acordar de um pesadelo não me estares a abraçar a dizer que está tudo bem.

Não é nada que eu não me volte a habituar quando for necessário mas se tivesse que optar, escolheria passar todas as noites a teu lado, todas as manhãs a te perguntar se tinhas dormido bem, a te dar aquele beijinho matinal que sei bem que gostas e a te aconchegar o cobertor antes de eu ir trabalhar.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

O Que Sinto Em Ti

Todos os dias penso no que vi em ti e poderia dizer que tinha visto em ti tudo o que faltava em mim, mas não. O que eu vi em ti foi algo que não sei explicar, uma beleza fora do normal, um olhar muito forte, tão forte que parecia que me lias o que ia no pensamento.

Quis-te mais, desejei que fosses minha. Não penso em mais nada que não estejas incluída.
Mal sabes tu que, todas as noites, adormeço a olhar para ti, tentando compreender cada vez melhor cada sinal do teu corpo, cada jeito desse teu mau feitio apaixonante...

Cada vez que sinto a tua mão na minha, o toque das nossas alianças, o sorriso do teu rosto, me lembro de como sou feliz a teu lado, como não preciso de querer ter mais ninguém, como só tu, com todo esse teu jeito de ser me cativaste e me motivas a ter fé e a acreditar que todos os dias podem ser sempre melhores que o anterior.

Quando mais esperares estarei a dormir a teu lado, tal como se nunca tivesse de lá saído, aturando esse teu mau feitio matinal que ninguém te pode tocar, ou até levar alguma bofetada tua durante a noite enquanto sonhas a dormir. Isto é o que mais importa: estar contigo nos momentos mais felizes e, sobretudo, naqueles em que até te encontras em guerra com o teu subconsciente.

Até que enfim te encontrei, não te largarei.



sexta-feira, 19 de maio de 2017

Nós, Tugas

Nasci em 1996, Portugal entrava na CEE e entrava também numa crise não muito engraçada… Apresentaram-me um país fraquinho sem grande margem de progressão. Cada vez se contava mais todos os tostãozinhos…

Até que cheguei à idade adulta e o que acontece? Tive a sorte de ver muita coisa (também algumas que me revoltam) que nenhum dos meus antepassados sem serem os meus avós e os meus pais viram.

Consegui ver o Sport Lisboa e Benfica ser Tetra-campeão pela primeira vez na sua história, vi o representante do Nosso país ganhar o primeiro Festival da Canção Eurovisão, e vi também a Nossa Seleção Nacional a ganhar uma competição internacional. Provavelmente a última pessoa que tinha tido estas alegrias foi um avô meu quando começou a fazer a colonização nas naus lusitanas.

Nasci também numa época em que uma certo primeiro-ministro cavaquista ou de um socratista ou também de um santanás enterraram o país nas suas dívidas. É de saber também que tivemos uma tal de ministra esteviana que se reformou aos 42 anos após 9 anos a exercer a função de juíza conselheira e ganha de reforma 7.000 euros, o que no nosso país é algo muito ligeiro visto que a minha avó ganha 200 euros de reforma e tem problemas no sangue e precisa de medicamentos e essas porcarias todas que não custam dinheiro nenhum e como 200 é mais que 7000 eu compreendo o porquê disto acontecer. Mas como acontece com a minha avó acontece com milhares ou milhões de pessoas no nosso país. E nem quero falar dos políticos renovarem a sua frota automóvel de 4 em 4 anos com o Nosso dinheiro do Nosso trabalho e dos nossos descontos.

Qual é a geração que tem que mudar este pensamento e o estado deste país? A Nossa da malta a partir de 1990, esta malta original, criativa, inovadora! Esta malta que não fica contente só pelo «ta bom assim», pelo «ah basta ficar assim»; Na minha geração nós pensamo: «temos que ser os melhores!», «se ninguém fazer, não vai acontecer».

No Festival da Canção o nosso país apresentou um indivíduo ligeiramente «queimado» da cabeça com uns mooves estranhos e alguns ataques de nervos, e foi criticado e gozado por todos no seu país. Motivo de risadas e piadas foi Salvador Sobral, que sofreu de um problema de coração e acabou por ganhar o coração de todos nós, e assim se provou que nós, tugas, costumamos julgar muito pela aparência e, como provado acabamos por ser grandes pelo que gozávamos.

Na seleção nacional também não acreditávamos nela, era uma equipa relativamente jovem, sem experiência a jogar em conjunto em competições europeias. Mas… E que tal, só assim para variar, sermos campeões de alguma coisa? Não sermos sempre perdedores e ficarmos pelo «quase»? e foi exatamente isso que João Mário e companhia fizeram, a geração de 90.

Pensem bem se será um país de perdedores que os vossos avôs conquistaram? Ou foi um país de grandes guerreiros que lutam por ver o seu nome escrito na História?

sábado, 8 de abril de 2017

O Desejo

Quando a vi desejei vê-la mais. Desejei senti-la mais. Desejei conhecê-la mais. Por mais defeitos que tenha (que não são poucos), o minha vontade em conhecê-la é cada vez maior.
Vejo-me nela. A sua timidez, a sua autoestima, a sua vontade de conhecer o próximo faz-me pensar em como a vida passa tão depressa e como estamos distraídos para as coisas boas que nos acontecem.

O seu sorriso, bem,... O seu sorriso transmite-me calma, confiança e serenidade. A sua voz é como uma melodia extremamente harmoniosa para os meus ouvidos. Essa melodia que me acalma, me sossega, me faz descansar e estar totalmente seguro de mim próprio. Não para de sorrir, mostra pouco os seus sentimentos, magoa-se menos. É como que uma caixinha que precisamos ter a chave certa para a conseguir abrir.

É extrovertida, gosta de fazer rir, de sorrir, de divertir e de aproveitar a vida da melhor forma. No corpo dela corre poesia, versos que só o mais puro leitor consegue entender.
Não, não falo de uma criança mas sim de uma Mulher. Uma Mulher que dá tudo pelos seus mais ente-queridos. Que dá tudo por si, pelo seu bem.

Enfim... Uma Mulher



sábado, 25 de março de 2017

Antes de Ti... e Depois de Ti

Por vezes dou por mim a pensar no que fomos... No que esperei de ti, no que larguei por ti, no que nem sequer agarrei por ti.
Penso no que fui contigo; a felicidade temporária parecia-me permanente e para sempre, e quando chegou ao fim fiquei desiludido por ter depositado tanta esperança numa relação como essa...

Depois de pensar na desilusão que senti quando acabou, volto a pensar no que poderá ser o meu futuro e no que foi o meu passado antes de ti. Se antes de ti eu vivia feliz porque não haveria de o ser agora?

É certo que depois de todas as nossas experiências não sou a mesma pessoa que era quando começámos, aliás, é impossível ser a mesma pessoa. Além de ser mais adulto, sei valorizar muito melhor uma verdadeira relação e uma verdadeira paixão. Não que a nossa não o fosse, mas quando se é criança não se sabe conduzir um automóvel real e quando se é adulto não ligamos à importância de brincar com uma peça de lego.

Ultrapasso assim a minha tristeza de viver agora sem ti relembrando como vivia antes de ti. Desejo que vivas bem sem mim, além de desejar quero que o faças porque para mim não viverás mais. Não é ódio por ti mas sim amor próprio. Sinceramente, não aguentarei mais ninguém que duvide do que quer na sua vida, do que quer para sim e, honestamente, alguém que só se limita a pedir desculpa por estar a confundir a cabeça do outro e continua a cometer o erro só merece uma coisa: desprezo.

Desculpa mas antes de ti... ESTOU EU!



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

A Vida tira...

Durante toda a minha vida quis ser treinador de futebol mas o destino sempre me retirou dessa estrada. Crescia e via sempre o futebol na televisão, pensava nas posições táticas, estratégias, formas de conseguir conduzir uma equipa ao estrelato.
Quando chegou a altura de decidir por mim o que queria fazer da minha vida, na entrada no ensino secundário, fui ver que curso queria seguir, já praticamente mentalizado que iris para desporto. A surpresa foi quando, na altura de fazer a inscrição na secundária a professora responsável me disse que o desporto tinha fechado naquele ano e perguntou se eu tinha uma segunda escolha e, eu, como também me ajeitava no desenho, afirmei que então me inscrevesse em artes visuais e veríamos como seria.

Passaram-se os três anos, existiram altos e baixos, no 11º ano deixei uma disciplina por fazer e só a concluí no 12º ano, por exame, sem saber como nem porquê.

Altura da candidatura na universidade. Tudo bem. Fazer mais uma vez a cruzinha no desporto, segunda cruzinha nas artes.
E o que aconteceu?

Exatamente isso! O desporto foi outra vez «com os porcos» e lá entrei eu em artes outra vez e tudo se volta a repetir... Mas no primeiro semestre deixei uma cadeira por fazer e no terceiro deixei mais duas.
Neste momento estou a pensar seriamente no que irei fazer a minha vida...

Levo mais um ano ou dois e acabo esta licenciatura? Acabo já com isto, cancelo a matrícula e vou seguir o meu sonho de criança e de vida?

A Vida Tirou... Mas Ainda Não Deu... 


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Queda

Na vida existem pessoas que saem, outras entram e saem, outras que ficam para "sempre"...

Unhas...

Um dia um sujeito ia na rua a falar com um amigo e deixou cair uma nota numa sargeta e, quando se apercebeu pediu ao amigo para segurar a sargeta para que este conseguisse tirar a nota. Quando estava quase a tirá-la do fosso o amigo, descuidado, deixou a sargeta cair sobre a mão do primeiro indivíduo e entalou-lhe um dos dedos. 

Passaram-se horas, dias... A unha pisada ficava negra momento após momento, ia se separando-se da pele até que caiu, ficando aquela carne viva à mostra. Mais dias se passaram e no lugar da unha que caiu cresceu outra ligeiramente mais frágil. A partir de então o sujeito teve muito cuidado para que mais nenhuma unha lhe caísse.

Amizades...

Por vezes, quando somos amigos de alguém, surgem-nos testes que põem em prova a nossa amizade, o que pode fazer com que está entre na ruína e caia. A partir daí temos duas opções: temos cuidado para que não aconteça o mesmo às outras amizades, para que elas não se desmoronem, ou então não nos preocupamos e estamo-nos a borrifar se acontece o mesmo outra vez. Por um lado seríamos muito estúpidos se não nos preocupássemos em perder alguém de quem gostamos, mas por outro lado também não podíamos estar sempre com medo de perder,os alguém.

Será esse medo necessário? Será essa preocupação inevitável? 

Opções ...

T(eu)

Pelas tuas palavras os meus braços caíram por terra e daí começou a minha ausência na tua vida. Até aí, todos os dias eu lutara pela nossa relação, lutara por ti, sim... mais por ti que por mim.

Esse foi o meu primeiro e maior erro: dar-te mais do dobro do que aquilo que tu me davas.

Não, o defeito não está só em ti, mas também em mim, por isso isto chegou a este ponto.

Desejei-te demais, tive-te demais, exagerei demais, vivi demenos. Esse último ponto foi o pior: ter vivido demenos foi horrível, o facto de fazer tudo em torno da tua «pessoa», esse ser espantosamente desprezível: «primeiro o que as pessoas pensam acerca do que faço e, só depois, o que eu acho do que faço»; cagando para isso estou eu, que ao contrário de ti não faço as coisas para agradar a terceiros, nem me preocupo com as suas ideias politicamente corretas. Na minha cabeça só seremos felizes se fizermos toda e qualquer coisa que nos faça sentir realizados, estando nós conscientes do que é certo ou errado.

Não fui feliz, e pensava que sim. Pensava que realmente a minha felicidade se  fazia consoante os teus desejos mas... E onde estavam os meus?!

Eu não sou tu, o que é meu não é teu, e eu nunca fui teu...

Guiei a minha vida por ti, Acabei a minha vida sem ti (e ainda bem).



terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Cansei de ser segunda opção


Depois de ter acabado, ela diz que me ama mas eu sei que não. Diz que quer estar comigo, que faz é que acontece, mas no fim acaba por não fazer nem acontecer nem dizer e acaba por desaparecer.

Usando uma metáfora futebolística para exprimir o que sinto neste momento, sinto-me como um Eduardo ao lado de um Rui Patrício ou um Ruben Amorim ao lado de um Samaris, segunda opção...

Sinceramente sinto-me cansado de me sentir assim... Errei, admiti, pedi desculpas, lutei, lutei, lutei, até que.... Admito que perdi. Ponto! Perdi, acabou. Não, não vou lutar mais, mas não é por ser fraco mas sim por não ser parvo.

Enquanto amar o meu corpo, alguém irá amar o meu coração...

Porque... O meu coração parou de bater.. Para ela... Cansei de ser segunda opção...