quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

A Vida tira...

Durante toda a minha vida quis ser treinador de futebol mas o destino sempre me retirou dessa estrada. Crescia e via sempre o futebol na televisão, pensava nas posições táticas, estratégias, formas de conseguir conduzir uma equipa ao estrelato.
Quando chegou a altura de decidir por mim o que queria fazer da minha vida, na entrada no ensino secundário, fui ver que curso queria seguir, já praticamente mentalizado que iris para desporto. A surpresa foi quando, na altura de fazer a inscrição na secundária a professora responsável me disse que o desporto tinha fechado naquele ano e perguntou se eu tinha uma segunda escolha e, eu, como também me ajeitava no desenho, afirmei que então me inscrevesse em artes visuais e veríamos como seria.

Passaram-se os três anos, existiram altos e baixos, no 11º ano deixei uma disciplina por fazer e só a concluí no 12º ano, por exame, sem saber como nem porquê.

Altura da candidatura na universidade. Tudo bem. Fazer mais uma vez a cruzinha no desporto, segunda cruzinha nas artes.
E o que aconteceu?

Exatamente isso! O desporto foi outra vez «com os porcos» e lá entrei eu em artes outra vez e tudo se volta a repetir... Mas no primeiro semestre deixei uma cadeira por fazer e no terceiro deixei mais duas.
Neste momento estou a pensar seriamente no que irei fazer a minha vida...

Levo mais um ano ou dois e acabo esta licenciatura? Acabo já com isto, cancelo a matrícula e vou seguir o meu sonho de criança e de vida?

A Vida Tirou... Mas Ainda Não Deu... 


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Queda

Na vida existem pessoas que saem, outras entram e saem, outras que ficam para "sempre"...

Unhas...

Um dia um sujeito ia na rua a falar com um amigo e deixou cair uma nota numa sargeta e, quando se apercebeu pediu ao amigo para segurar a sargeta para que este conseguisse tirar a nota. Quando estava quase a tirá-la do fosso o amigo, descuidado, deixou a sargeta cair sobre a mão do primeiro indivíduo e entalou-lhe um dos dedos. 

Passaram-se horas, dias... A unha pisada ficava negra momento após momento, ia se separando-se da pele até que caiu, ficando aquela carne viva à mostra. Mais dias se passaram e no lugar da unha que caiu cresceu outra ligeiramente mais frágil. A partir de então o sujeito teve muito cuidado para que mais nenhuma unha lhe caísse.

Amizades...

Por vezes, quando somos amigos de alguém, surgem-nos testes que põem em prova a nossa amizade, o que pode fazer com que está entre na ruína e caia. A partir daí temos duas opções: temos cuidado para que não aconteça o mesmo às outras amizades, para que elas não se desmoronem, ou então não nos preocupamos e estamo-nos a borrifar se acontece o mesmo outra vez. Por um lado seríamos muito estúpidos se não nos preocupássemos em perder alguém de quem gostamos, mas por outro lado também não podíamos estar sempre com medo de perder,os alguém.

Será esse medo necessário? Será essa preocupação inevitável? 

Opções ...

T(eu)

Pelas tuas palavras os meus braços caíram por terra e daí começou a minha ausência na tua vida. Até aí, todos os dias eu lutara pela nossa relação, lutara por ti, sim... mais por ti que por mim.

Esse foi o meu primeiro e maior erro: dar-te mais do dobro do que aquilo que tu me davas.

Não, o defeito não está só em ti, mas também em mim, por isso isto chegou a este ponto.

Desejei-te demais, tive-te demais, exagerei demais, vivi demenos. Esse último ponto foi o pior: ter vivido demenos foi horrível, o facto de fazer tudo em torno da tua «pessoa», esse ser espantosamente desprezível: «primeiro o que as pessoas pensam acerca do que faço e, só depois, o que eu acho do que faço»; cagando para isso estou eu, que ao contrário de ti não faço as coisas para agradar a terceiros, nem me preocupo com as suas ideias politicamente corretas. Na minha cabeça só seremos felizes se fizermos toda e qualquer coisa que nos faça sentir realizados, estando nós conscientes do que é certo ou errado.

Não fui feliz, e pensava que sim. Pensava que realmente a minha felicidade se  fazia consoante os teus desejos mas... E onde estavam os meus?!

Eu não sou tu, o que é meu não é teu, e eu nunca fui teu...

Guiei a minha vida por ti, Acabei a minha vida sem ti (e ainda bem).